Escrevendo com Markdown

Publicado em 22/03/2017

Introdução

Embora tenhamos hoje à nossa disposição uma variedade enorme de editores de texto para produzir conteúdo, a maioria deles acaba, de uma forma ou de outra, amarrando-nos a um determinado formato proprietário, dificultando sua conversão para outros formatos. Além disso, a concepção WYSIWYG dos editores gráficos acaba desviando nossa atenção do conteúdo para a formatação do conteúdo.

Introdução

Embora tenhamos hoje à nossa disposição uma variedade enorme de editores de texto para produzir conteúdo, a maioria deles acaba, de uma forma ou de outra, amarrando-nos a um determinado formato proprietário, dificultando sua conversão para outros formatos. Além disso, a concepção WYSIWYG dos editores gráficos acaba desviando nossa atenção do conteúdo para a formatação do conteúdo.

O Markdown surgiu inicialmente como uma ferramenta de conversão texto-html, para escritores da web. Hoje, evoluiu para uma verdadeira linguagem de marcação (markup language), dentro do conceito WYSIWYM, consagrado nos editores tipo TeX/LaTeX de amplo uso no meio acadêmico.

Pela sua facilidade de uso e flexibilidade, foi a forma que escolhi para editar meus artigos e conteúdo para publicaçao na Web, e também para documentação do meu código-fonte de programação.

Vários sabores de Markdown

A principal vantagem em se usar Markdown é que ele pode ser armazenado como um arquivo de texto puro, sem nenhuma formatação e, portanto, pode ser aberto em qualquer editor de texto, por mais simples que seja.

Se você abrir um arquivo DOCX, por exemplo, num editor simples, terá como resultado um emaranhado de caracteres absolutamente ilegível, pois trata-se de um formato binário, destinado a ser lido e interpretado por um programa, no caso o Word da MicroSoft.

Embora a estrutura básica do formato Markdown seja a mesma na essência, ao longo do tempo surgiram algumas variantes, tais como: CommonMark, PHP Markdown Extra, GitHub-Flavored Markdown, MultiMarkdown e AsciiDoc, entre outros.

Tendo em vista minhas necessidades pessoais, optei pelo GitHub-Flavored Markdown, embora ocasionalmente também use o AsciiDoc em virtude de suas funcionalidades extras.

Convertendo formatos com pandoc

Depois de editar um texto em Markdown, há diversos utilitários de conversão para que possa ser visualizado. Prefiro o Pandoc, pois é fácil de usar e oferece uma gama enorme de formatos para entrada e saída.

Ele permite usar como fonte de entrada todos os sabores de Markdown que mencionei acima, inclusive meus prediletos GitHub-Flavored e AsciiDoc, convertendo-os para inúmeros formatos, tais como: PDF (através do LaTeX), HTML (com CSS), EPUB, OpenDocument Text (ODT), e o Office Open XML (DOCX).

Como os arquivos-fonte gerados são texto puro, seu tamanho é pequeno. Assim, o melhor é amazená-los todos, mesmo depois de ter completado a edição e exportado para outro formato, pois poderão ser utilizados no todo ou em parte mais tarde, sem precisar começar do zero.

Plugins para realce de sintaxe

A maioria dos editores de texto usados atualmente (vim, sublime, atom, etc) possuem plugins para realce do Markdown usado no texto, o que facilita bastante a edição.

A imagem a seguir demonstra essa funcionalidade no meu Atom Editor, exibindo o texto deste artigo.

Plugin para markdown no atom

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