Mais Deboche...

Extintor do tipo ABC está em falta em diversas regiões; multa será mantida

A matéria acima, publicada no G1 no início de janeiro do corrente ano, motivou-me a publicar no Facebook o seguinte comentário a respeito:

...essa é uma daquelas coisas que me deixam muito "P" da vida! Esses pequenos extintores, normalmente localizados embaixo do banco do "carona", cujo acesso, digamos assim, já não é "aquela Brastemp", agravado por um sistema de alças e travas que também não facilitam em nada a sua utilização em caso de emergência (experimente tirar o seu... e prepare o saco para recolocar depois), tem sua utilidade, convenhamos, muito limitada. Ou seja, só servem mesmo para o combate de um foguinho bem inicial e, para isso, fico me perguntando para que tanta letra? Se o fogo for para valer, companheiro, sugiro que você fuja para bem longe e aprecie o espetáculo...

Mas, apenas para argumentar, digamos que o acréscimo da letra "c" seja um avanço tecnológico esotérico qualquer que eu, na minha ilustrada ignorância, não esteja conseguindo atinar. Muito bem, nesse caso, porque esse prazo esdrúxulo? Não poderiam obrigar a substituição, por exemplo, quando vencesse a validade da carga, para que as substituições fossem graduais e não ocorresse essa escassez no mercado noticiada, servindo apenas para que os espertalhões de sempre ponham mais grana no bolso?!

Isso me lembra outros "avanços", como aquele infeliz estojo de primeiros socorros, de triste memória, ou essas malfadadas tomadas de três pinos redondos embutidos, que me fazem lembrar das progenitoras dos infelizes que a inventaram, toda vez que vou usar uma ferramenta elétrica...

Sempre que me deparo com uma estupidez dessa estirpe, fico desconfiado que o "avanço" foi no meu bolso e que alguém levou algum nisso...

Aproveito, então, para propor uma nova padronização aqui em terras Tapuias: a adoção do metro de 90 centímetros e do quilo de 900 gramas. Seria, como dizem os patrícios, bestial, além de fazer a alegria dos feirantes e mascates por todo esse nosso Brasil. (Facebook - 03/01/2015)»

Parece que esta foi mais uma sensacional previsão do grande futurólogo Gaetradamus, concordam? Pois não é que o mesmo órgão que havia imposto essa estapafúrdia exigência, já prorrogada para entrar em vigor apenas no próximo mês, editou agora uma nova norma, dispensando a exigência não apenas do famigerado tipo "ABC", mas de todo o abecedário... os extintores não são mais item obrigatório de segurança nos automóveis, permanecendo a exigência apenas para coletivos e veículos de carga.

Não me perguntem qual o critério técnico que motivou essa liberalidade porque, como já disse naquele meu comentário anterior, a motivação é de natureza misteriosa e esotérica. Num primeiro momento, parece-me tão descabida quanto a anterior. Melhor mesmo seria deixar como estava, pois para princípios de incêndio pode até resolver, além de dar aquela sensação de segurança...

Nessa época de vacas magras, já pensaram no prejuízo dos fabricantes e comerciantes de extintores? Bem pior, sem dúvida, do que o sentimento de ter sido feito de trouxa, que assola aqueles que correram para trocar seus extintores, pagando preços exorbitantes!

Com tanto deboche, estão nos transformando num "povo-hiena".